Maomé nasceu em Meca (Península Arábica) no ano
de 570 d.C., pertencendo ao clã Hachim da tribo
dos Coraxitas, sendo órfão e pobre tornou-se condutor
de caravanas de uma rica viúva, com quem veio a
se casar.
À frente das caravanas viajou por boa parte
do Oriente Médio, onde teve contato com o Cristianismo
e Judaísmo.
Em 610, quando meditava numa caverna do Monte Hira,
recebeu uma revelação, que afirmava ser
do arcanjo Gabriel. Com esta revelação,
descrita no Corão, passa a pregar uma nova religião
que inicialmente é recebida pela sua comunidade
e posteriormente pelas camadas pobres. A cidade de Meca que vivia basicamente de peregrinações
- nesta cidade ficava a Caaba, santuário que
continha 360 ídolos, onde as tribos árabes se dirigiam para culto - esta peregrinação
era favorável aos comerciantes locais, que passaram
a ver na pregação de Maomé um obstáculo.
Estes comerciantes juntaram-se contra a nova religião
e perseguiram Maomé que fugiu com seus seguidores
para Medina, nesta cidade organizou um exército
que conquistou Meca em 630 e destruiu todos os ídolos
da Caaba menos a "pedra negra" que continuou
a ser adorada pelos maometanos, também conhecidos
por islamitas ou muçulmanos.
As tribos árabes do deserto vieram a se converter
a nova religião e a Arábia foi unificada.
Maomé morreu em 632 e seu trabalho foi continuado
por seus sucessores, os califas, que conquistaram novas
terras através das "guerras santas"
(pressão imposta aos povos vizinhos, que: ou
se convertiam ou eram forçados a conversão).
Os muçulmanos se estenderam pelo norte da África
e região do antigo império Persa.
Expansão do Islã
Com a morte de Maomé o poder passa a ser exercido
pelos califas (chefes religiosos, militares e políticos).
Por haver necessidade de terras férteis, o
islã parte em direção da Europa
e norte da África, onde conquista muitos territórios.
Em menos de um século o Islã conquista
um enorme império presente em três continentes.
Foram mais tarde subjugados pelos Turcos, que formaram
o Império Otomano, este império perdurou
até a Primeira Guerra Mundial, quando foi conquistado
pela França e Inglaterra que ali dominaram até
o final da Segunda Guerra Mundial, quando os países
do Oriente Médio tornaram-se independentes. Com
a independência, imaginava-se a unificação
dos povos árabes, porém rivalidades étnicas
(armênios, Curdos, Turcos, Árabes e Judeus)
impossibilitaram qualquer união.
Em 1948, os Ingleses retiraram-se da Palestina - local
de disputas entre hebreus e árabes. Esta região
foi concedida para criação do estado hebreu,
onde foi, então, estabelecido o Estado de Israel.
Cultura Árabe Medieval
Nas cidades árabes medievais, ao contrário
da maior parte das cidades européias, haviam
escolas, universidades e bibliotecas. Foram grandes desenvolvedores nas áreas da
medicina, da filosofia, da matemática, da geometria
e da arquitetura.
Difundiram os algarismos hindus no Ocidente. Posteriormente
conhecidos como algarismos arábicos, os algarismos
hoje universais.